15.9.13

Vida - Um jeito de ser cristão

Estava pensando hoje sobre o significado, e, porque não dizer, o sentido da palavra Vida.
Estou “ouvindo” a bíblia diariamente e em Gênesis diz que se Adão e Eva comessem da árvore da vida eles tornariam-se eternos, por isso deus os tirou do Éden, pois ambos comeram da árvore do bem e do mal.
Muitos anos depois aparece Jesus na História e passa o dizer a todos os homens de sua época até os dias de hoje, que ele veio para que tivéssemos vida e com abundância.
Pensar nisso me levou a crer e entender que a VIDA que Jesus nos propõe não é terrena, mas sim, restaurar em nós a condição da eternidade proposta por Deus desde o início (lembre-se do texto de Gênesis).
A eternidade, conhecer o bem e o mal são condições exclusivas de Deus. Tais condições são dadas a nós pelo próprio Deus, através de jesus, não é um esforço humano, não existe salvação pelo nosso próprio esforço. Basta lembrarmos do texto de que estávamos mortos em nossos delitos e pecados.
Mas essa restauração só acontece quando reconhecemos nossa pequenez, nossas limitações, que somos criação e não criadores, pois o único capaz de criar é Deus, todo o resto é cópia.
A vida, então, que Jesus nos propõe é terna, mas não é apenas para depois que morrermos, ou ficarmos velhos demais a ponto de não termos mais forças. Começa aqui, agora, hoje como se já estivéssemos plenamente restaurados. A Bíblia nos diz que em parte, conhecemos e que vemos as coisas como por espelho, mas chegará o dia em que veremos tudo plenamente. Ou seja, existe um processo de restauração não da condição, pois nos foi dado, mas sim restauração no sentido de entendermos e vivermos de acordo com essa condição.
Isso obviamente não é instantâneo, muito menos fácil, mas é nossa meta, nossa alvo (deixando para trás as coisas que ficaram, prossigamos para o alvo da soberana vocação em Cristo jesus, achar endereço) e deve ser parte fundamental do nosso viver diário.
Somos fracos, erramos, fraquejamos, pecamos, mas quem já reconheceu que Jesus é Deus Salvador, fomos colocados por Deus através de Jesus nessa condição de Adão e Eva antes de comerem do fruto do bem e do mal.
Prontos, simples e preocupado apenas em falar e andar com Deus, relacionar-se com Ele nos termos Dele não nos nossos.
Vida e com abundância, significa querer as coisas simples e esperar por Deus nos chamando no fim de nosso dia e querer ouvir de nós o que fizemos, ou seja, relacionar-se mesmo conosco, isso baseado no amor e não em condição de superioridade, no sentido de autoridade ditatorial.
Amor que nos move em direção ao próximo, nos faz lembrar que amar o próximo é o mesmo que amar a Deus, não são coisas diferentes, mas o único jeito ou forma de mostrar que amamos a deus é amando o próximo.
Vida plena e abundante é o que deus nos oferece, ou seja, vida eterna que começa hoje, agora. (Não quero aqui ser proselitista, mas está na hora de parar com as nossas desculpas por que somos imperfeitos ou nossos erros nos impedem de se achegar a deus, se eu e você já entendemos isso, somos muito privilegiados, pois Deus já se revelou a nós, e o que ele espera é uma resposta, e todo o resto quem faz é Ele, basta eu e você deixarmos isso acontecer.)

Por isso creio que um excelente, pra não dizer perfeito, sinônimo de vida é esperança. 

23.7.12

Crente e fanático!???


Muitos cristãos, como eu, já escutamos essas 2 palavras em diferentes frases e ocasiões, sempre combinadas de forma negativa. “Esses crentes são TODOS fanáticos, ignorantes”, e mais uma enormidade de opções diferentes.
Cansam de nos dizer que a Bíblia é um livro como qualquer outro, que é uma mentira, os fatos nela contidos são invenção, que os textos e datas não correspondem ao período que ela cita, que Jesus não ressuscitou, e mais um monte de coisas que, se fosse coloca-las todas aqui, precisaria de uns 2 mil anos para fazê-lo.
Mas aí eu me pergunto, os cristãos em sua maioria vão ao médico, não fazem dieta, tomam atitudes em favor da sustentabilidade, compram eletrônicos e carros que poluem menos, que consomem menos energia?
Cristãos que afirmam que o universo está em expansão ainda, que a energia solar é a fonte de sucesso do nosso planeta.
Quase não vemos (eu particularmente nunca vi), cristãos afirmarem que toda ciência é uma mentira, que não existem átomos, que não existe lógica, que não é necessário cuidar dos recursos que temos, porque eles se auto renovarão.
Não vejo cristãos indo a TV e dizendo que a ciência é uma ilusão, que não possui qualquer utilidade. Que os avanços tecnológicos são fruto do “acaso”, ou da aleatoriedade do universo. Não vejo, cristãos chamando cientistas de ignorantes ou loucos por acreditarem em suas “teses” e “teorias” mesmo que não lhes seja possível prova-las.
Porém...
Vejo homens e mulheres, ditos cultos, cientistas e ateus nos acusando diariamente de sermos ignorantes, fanáticos em acreditarmos em um livro escrito por homens, mas, esses se esquecem que esse livro tem pelo menos 40 autores diferentes e seus trechos reúnem aproximadamente 20 mil anos de história humana.
Que esses autores falavam do mesmo tema, em lugares que distavam entre si milhares de quilômetros, e nos mesmo período, sem nunca terem se visto ou souber da existência do outro. Ou que um desses autores fala de um homem que nasceria 200 anos após a morte dele, e um detalhe nada significativo, que esse homem seria de uma determinada descendência que sequer existia na época de sua profecia, muito menos que aquele povo existia como nação.
Também vejo, eles nos acusarem, chamando-nos de crentes e fanáticos, mas eles se agarram à suas teorias de tal forma que são capazes de negar todo o restante do seu trabalho, pessoas qualificadas, que tudo o que acreditam é devido a uma infinidade de acasos, a aleatoriedade, pessoas que afirmam suas teses pelo simples fato de crerem que são verdadeiras.
Pessoas que acham que toda nossa existência e capacidade é devido a uma infinidade de fatores casuais exatos e precisos para a existência da humanidade é pura “sorte”.
Homens que afirmam que a moral é coisa imposta pela religião, que não existe creto ou errado, mas quando vemos uma criança escondendo-se depois de fazer arte e você lhe pergunta porque se escondeu e ela confessa sua arte, e diz que era errado, sem você sequere ter lhe ensinado que o que ela fez era errado. Ou quando tomamos conhecimentos de comunidades que nunca ouviram falar de deus, mas possuem um sistema moral muito parecido com o nosso, como explicar: religião? Moralismo?
Vejo homens e mulheres nos acusando porque não temos “bases cientificas” para crermos em Jesus e sua Palavra e a cada década que se passa mais fatos são descoberto, por cientistas que corroboram datas, locais e até acontecimentos ( e vale dizer, que a maioria desses cientistas buscam nos refutar mas acabam se contradizendo), fatos que só avultam em favor de Jesus e Sua Palavra. E muitos de nós que entendem que para crer não é necessário ciência apenas, mas que ela, a ciência, tem seu valor. E nosso irmãos, que creem que a ciência é necessária sim para corroborar sua fé, e defendem que a ciência tem papel importante na sua fé e, passam toda suas vidas estudando as congruências entre ciência e teologia (que aliás, não são poucas) que dão sentido e significado a sua fé.
Nos acusam de sermos bitolados, incultos, mas quando olho para a história da humanidade, os principais músicos, artistas e até cientistas tinham um profundo amor por Deus como Bach, Rafael, Leonardo entre tantos.
Nos acusam de sermos bitolados, mas tentam nos fazer engolir goela abaixo, a teoria da evolução, mas quando lhes perguntamos onde estão, os elos perdidos, apenas creem que eles existem, ou pela simples observação, já que todas as espécies evoluem, onde estão os atuais elos que levarão a próxima evolução? X-men? Vingadores? Mas esses que nos acusam creem com todo seu ser que esses elos existem...
Mas quando falamos sobre Jesus eles nos dizem que isso é história pra boi dormir...

Afinal...

Quem é crente e fanático???

11.7.12

Um sonho (possível) viável?


Assiste de novo o filme “Um sonho possível” que retrata a vida de Michael Oher, hoje jogador do Baltimore Ravens na NFL.

Todas as vezes que assisto este filme me pego a pensar em todas as “possibilidades” que nós cristãos temos deixado de viabilizar uma nova vida na vida de outros. E não quero aqui fazer apologia ao assistencialismo, que aliás não é o caso no filme, mas sim, ao que é importante, doar vida e assim, gerar vida.

Transformar e ser transformado, é disso que trata o filme, todo o resto é consequência.

Infelizmente, nós, igreja brasileira, na verdade uma parte dela, é uma ovelha gorda, inútil e que só causa prejuízo. Por quê?

Não gera vida, está preocupada apenas em engordar ainda mais (não estou falando apenas de prosperidade, mas sim de egoísmo), ser a primeira, ser isso ser aquilo. Uma ovelha que não é espelho da razão de sua criação.

A ovelha útil serve, aquece, alimenta, depende de outras ovelhas. Será que essas características que citei podem ser vistas em nós, ovelhas do pasto de Jesus?

Temos discursos, frases feitas e de efeito para falar de serviço. Mas quantos de nós realmente servimos? Doam sua própria vida a fim de gerar vida em outro, e, sem receber nada em troca por isso, muitas vezes, nem obrigado.

A igreja no Brasil, e deixo claro o que penso, nos grandes centros urbanos, principalmente os da mídia, são ricas, basta olhar seus templos, tempos na televisão e no rádio, mas os “Michael Ohers” estão do lado de fora, pastores e obreiros os colocam para fora quando querem buscar a Deus nessas igrejas ( posso falar, porque já vi isso acontecer diversas vezes), e estes se esquecem que quando assim o fazem, fazem a Jesus, basta lembrarmos do texto “tive fome e me destes de comer, tive sede...”  (Mt 25:35ss).

Muitas igrejas gastam tempo precioso com dízimos e ofertas, estratégias de arrecadação e por aí vai, a imaginação louca deles é o limite. Para que?

Ajudar o “Michael”? Prover justiça, dignidade, condições de educação descente, capacitação para o mercado de trabalho? (Como os donos do restaurante que, se dispôs a ajudar 2 moradores de ruas, que encontraram o dinheiro que lhes fora roubado? Dando emprego, treinamento, provendo dignidade – basta procurar no google sobre isso com data entre 7 e 10 de julho de 2012)

Você que lê essa minha reflexão, tire suas próprias conclusões sobre sua comunidade de fé, antes de dizer de igreja A, B ou C.

Como Igreja de Jesus, precisamos nos focar no que é importante, essencial e insubstituível, gerar vida, nova vida. Que não é apenas “espiritual”, mais uma vez me lembro do texto de Mateus 25 verso 35 e seguintes, isso é, atendermos as necessidades essenciais  e primordiais de nosso próximo, e porque não dizer irmão.
Mas o que estamos fazendo? Pouco ou quase nada, se pensarmos que hoje, segundo estatísticas somos 1/3 da população no Brasil.

Uma vez escutei o pastor Russel P. Shedd dizer, (e concordo), que o verdadeiro avivamento transforma não só pessoas, mas tudo ao seu redor, organizações, relações de trabalho, casamentos são restaurados, as estruturas sociais são restabelecidas. O pastor Ariovaldo Ramos disse também, em umas de suas preleções que assisti, que as estruturas sociais básicas são transformadas, existe igualdade, justiça e paz quando uma nação se rende a Jesus.

Existe um chavão evangélico que diz “1 com Deus é maioria”, ora se somos 33% da população onde está a mudança?

Mudança na qualidade do ensino público, maior segurança, saúde pública descente, transporte público eficiente, uso consciente dos recursos públicos.

Com tantos “profissionais cristãos” talentosos onde estão os cursos gratuitos de aperfeiçoamento na igreja? Capacitação profissional? Para aqueles que não possuem condições de pagar por tais cursos...
Homens e mulheres cristãos organizados fazendo pressão política sobre o poder público para fazer bom uso dos recursos, que são nosso, da população. Onde estão os 33% que sentam-se nos bancos aos domingos, lotam espaços, mas de segunda a sábado se calam ao verem a injustiça e insensatez do uso dos recursos?
Deus sonha com uma igreja que é influência no mundo, sal e luz, mas cabe a nós, o corpo de Jesus fazermos isso, filhos desse jesus, nascidos de novo, com nova mentalidade, tornarmos isso não apenas possível, mas uma realidade.

Como disse o pastor Ariovaldo Ramos durante um congresso com milhares de jovens, as portas do inferno não prevalecem contra a Igreja de Jesus, Porta não é instrumento de ataque, mas sim, de defesa. É nossa responsabilidade, como Igreja de Jesus atacar o inferno e retirar tanto quantos for possível, para que saiam das trevas e venham para Jesus, e com isso, quero dizer reconhecer que Ele é o Messias prometido, que morreu e ressuscitou e vivo está.

Deus conta conosco, para que o “Sonho possível” seja não apenas viável, mas uma realidade transformadora.

Que Ele nos ajude nessa tarefa, primeiro abrindo nossos olhos, nos encorajando e nos capacitando.

 E assim dizermos como Paulo, o apóstolo: “Combati, o bom combate, guardei a fé...” 2Tm 4:7.

Em nome de Jesus, aquele que já venceu.